Mais um ano passa e a população ainda vive mal.

Como diz em um artigo que eu li “Não há IOF especial para pobres quando eles financiam uma geladeira ou uma televisão. Não há isenção de IPI na hora de comprar um par de Havaianas; nem ICMS mais baixo sobre os alimentos e serviços.” Creio que nem mesmo os informais escapam desta fiscalização então, quem poderia fazer algo, precisa ter consciência da real situação dos mais humildes.
O que quero chegar com isso tudo? Se as pessoas pobres, que mal conseguem colocar comida na mesa todos os dias, passam dificuldades constantes para se ter o mínimo, com certeza lugar pra morar dignamente é que não tem. Sendo excluídos e marginalizados, mal tratados e vistos como perigo, acabam mendigando pela sobrevivência e morando, aqueles que tem em barraquinhos no alto dos morros.
Sendo uma cidade considerada de médio porte, com quase 600 mil habitantes, Juiz de Fora também passa pelos problemas das ocupações irracionais. Imóveis centrais, próximos ao transporte público e a centros populares de compra, atingem valores exorbitantes em curto período de tempo.
Juiz de Fora tem aproximadamente 3,8% de seu território constituído de favela, não parece muito, mas quando se vê a extensão e, junto com ela, os problemas de uma falta de estruturação, creio que da para assustar. Além de , quanto maior for à cidade, maior o público consumidor potencial para os traficantes - vamos combinar, tem bastante disso aqui -, sendo esta uma consequência do descaso que a gestão do nosso município vem causando.
Os espaços não são bem aproveitados e planejados. Só a estruturação do centro tem sido prioridade, e quem não tem um lugarzinho sequer pra viver e depende dos albergues (outra questão a ser tratado mais além)?
Como diz a Prof.ª Viviane Pereira “Quem são essas pessoas que vivem nas ruas da cidade expressando uma situação de pobreza extrema?” A miséria e a desigualdade são produtos históricos que se modificam constantemente. Sei que sua existência esta diretamente associada à origem da questão social, mas pode-se fazer algo para mudar tal característica, e assim dar mais dignidade a população como um todo.
Olha que nem há dados suficientes para um estudo sobre a população de rua de Juiz de Fora – aqueles que de fato sem moradia vivem nas ruas -, ainda menos a quantidade e extensão das favelas. Perdeu-se muito nos últimos anos, veículos com o mercado formal e informal de emprego, podendo ser comprovado ao ver as gigantescas filas no Ministério do Trabalho e em outras pesquisas relacionadas.
O que falta é fazer uma análise do real e interferir sobre os desafios atuais a serem enfrentados para a sociedade local. Juiz de Fora já teve um passado próspero e é de certa forma, um sinônimo de melhoria para as cidades vizinhas menores. Mas não há crescimento esquecendo-se do que é mais importante em uma cidade: a população, toda ela. Sendo ano de eleição ou não, a cidade continua depois, algo precisa ser feito hoje.
Um abraço,

Priscilla.
_Feira de domingo na Av. Brasil vista do lado de cá
Se você não tem um programa legal para domingo de manhã, vale a pena passear na feira.

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